Sábado, 19 de abril de 2025
Redenção

HRPA promove cirurgia de captação de órgãos e beneficia três famílias em dois estados

Para que isso fosse possível, foi necessária uma força-tarefa envolvendo vários profissionais da saúde, Força Aérea Brasileira (FAB), a equipe do Central Estadual de Transplante (CET) e mais um grupo grande de pessoas que viabilizou de maneira rápida e ética a retirada dos órgãos.

“A doação de órgãos é comparada a uma engrenagem com a participação de dezenas de pessoas, cada uma atuando de forma específica em cada etapa do processo, em que só se pode avançar para etapa seguinte se tudo der certo na fase que está sendo executada. E para que isto aconteça, todos os profissionais envolvidos precisam atuar harmonicamente e a Central Estadual de Transplantes/SESPA tem a responsabilidade de coordenar todo o processo à luz da legislação Brasileira e das diretrizes Estadual”, afirma Ierecê Miranda, coordenadora da Central de Transplantes do Pará.

Nada disso seria possível se não fosse a família entender o processo e decidir, assim, o renascimento de outras pessoas e suas famílias”, falou o médico plantonista da UTI Evandro Oliveira Rodrigues de Souza, especialista em clínica médica e presidente da Comissão Intra-Hospitalar para Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT) do HRPA.

A Comissão Intra-Hospitalar para Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT) foi criada para viabilizar e incentivar esses processos de doação de órgãos, e conta com vários profissionais da saúde para trabalhar diariamente de forma humanizada as rotinas e protocolos que possibilitem o processo de doação de órgãos e tecidos.

Como é feito o processo?

O médico Evandro de Souza explica que o processo envolve vários especialistas da saúde. Após o diagnóstico de morte cerebral, a equipe médica inicia o protocolo humanizado, que é o momento em que a família recebe a notícia e pode decidir pela doação de órgãos ou não. Esse processo é acompanhado pela equipe de psicólogos, que oferecem auxílio psicossocial durante todo o processo de decisão.

Além disso, o HRPA também oferece para a família as visitas humanizadas, nas quais os parentes conseguem expandir o tempo de acompanhamento e permitir que mais familiares consigam se despedir da pessoa amada.

“O papel da psicologia é um dos principais auxílios nesse processo, pois acompanha desde o início até o final as etapas da decisão e doação, oferecendo todo suporte necessário que a família precisa. Além de acolher os desejos religiosos e ajudar na ressignificação dos processos do luto”, falou Cecilia Alves de Oliveira , psicóloga da CIHDOTT.

“Esperávamos um milagre, mas o que não tínhamos entendido é que o falecimento dela seria o verdadeiro milagre, possibilitando que outras 3 pessoas e suas famílias pudessem renascer e ter, através dos órgãos da minha mãe, uma vida nova” falou Arnaldo Júnior, filho da paciente doadora dos órgãos.

O Hospital Regional Público do Araguaia atende em regime de média a alta complexidade, sendo totalmente SUS e administrado pela Associação de Saúde, Esporte, Lazer e Cultura. (Com informações do texto de Débora Barbosa/Ascom HRPA)