Autoridades sabiam desde 2014 sobre o risco de deslizamentos na vila Arumã, no interior do Amazonas, que foi engolida após um desabamento no fim de semana. Mais de 40 casas foram arrastadas para dentro do rio que banha o vilarejo, duas pessoas morreram e outras três seguem desaparecidas.
Um relatório do Serviço Geológico do Brasil (SGB), órgão ligado ao Ministério de Minas e Energia, apontou, nove anos atrás, uma “cicatriz” de cerca de 90 metros no solo do povoado, o que indicava um processo de deslocamento de massa em curso.
O relatório ressalta ainda que o solo é argiloso e que o local fica próximo de uma curva do rio, afetada pela erosão fluvial.
O laudo fazia parte de um levantamento do SGB sobre ações emergenciais para identificar no município de Beruri, onde fica a vila, as áreas de alto risco e muito alto risco de enchentes e movimentos de terra.
O SGB ainda destacou que, naquela época, a comunidade, que fica na margem do rio Purus, a cerca de 6 horas de barco de Manaus, já havia sido afetada por deslizamentos, fenômeno conhecido como “terras caídas”. (Por Poliana Casemiro, g1/AM)