Desde segunda-feira (13/11), Cemitério da Comunidade Quilombola do Rio Preto, no município de Lagoa do Tocantins, fará parte de uma área sob a proteção da União. Isso porque o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) homologou o pedido de reconhecimento do local como sítio arqueológico histórico.
O pedido foi feito pela Secretaria dos Povos Originários e Tradicionais do Tocantins (Sepot) depois que a comunidade sofreu invasões e atos de violência, no fim de setembro deste ano. A região foi alvo de tiros e uma casa foi incendiada pelos autores. O motivo seria disputa de terras.
Equipes da Sepot e do Iphan estiveram na comunidade e um morador falou sobre a existência do cemitério centenário. Os técnicos, conforme a pasta, pediram para ver o local mas os moradores disseram que não podiam ir até lá porque tinham medo das ameaças que sofreram.
Mesmo assim as equipes foram ao local e encontraram diversos jazigos de pedra feitos à mão. “A precisão da arte que eles fizeram com carinho e respeito ao seu ente que faleceu, junto às datas cravadas nas lápides, foi fundamental”, explicou a especialista em georreferenciamento da Sepot, Lorayne Ferreira.
Com a descoberta do local de descanso secular, a secretaria entrou com o pedido de reconhecimento de sítio arqueológico junto ao Iphan. A homologação foi divulgada na segunda-feira. (G1/TO)