Moradores do Marajó enfrentam problemas com a seca na Amazônia. Comunidades entre as cidades de Chaves e Santa Cruz do Arari, por exemplo, estão sem água. Além de rios secando, animais morreram, incluindo jacarés, búfalos, cavalos, peixes e até cobras. Os governos federal e estadual acompanham a situação.
Em todo Pará, ao menos 20 municípios tiveram reconhecimento federal de situação de emergência por causa da estiagem e da seca. A baixa de rios ameaça também a navegabilidade. O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) anunciou repasse de recursos.
Entre os meses de julho e dezembro, o rios da região costumam baixar, mas o que seria comum se tornou uma das piores estiagens já enfrentadas por quem vive no Marajó. Na área não chove há 4 meses.
Na comunidade de Mocoões, onde vivem aproximadamente 400 famílias não existe água encanada e os reservatórios feitos pelos moradores estão quase vazios.
A comunidade tem três cisternas públicas para abastecer a comunidade e esta semana, apenas uma delas está com água: em outra, a água virou lama e a terceira secou.
A dona de casa Aurilene Alato Lima, por exemplo, retira água da cisterna que sobrou. Ela anda com baldes até a casa onde mora com mais 11 pessoas. Mesmo assim, a água é suja e a família usa uma solução para limpá-la antes de beber.