Terça-feira, 22 de abril de 2025
Redenção

Belém; capital do Pará completa 408 anos em meio à crise do lixo

Belém chega ao aniversário de 408 anos diante de diversos desafios. Um dos mais agudos diz respeito ao lixo: mais de 1.300 quilos de resíduos sólidos produzidos por dia estão prestes a não ter local para ser depositado. Os últimos meses foram marcados por episódios como protestos de moradores, barricadas feitas com lixo em chamas, paralisação do serviço de coleta e um imbróglio judicial para adiar o fechamento do único aterro sanitário apto a operar no Pará. Um cenário complexo que expõe a falta de gestão ambiental de uma das principais capitais da Amazônia, a primeira cidade brasileira escolhida para sediar a COP, evento da ONU que é a mais importante agenda mundial sobre ecossistema.

As três cidades mais populosas da Grande Belém (Belém, Ananindeua e Marituba) depositam todo o resíduo sólido no aterro de Marituba. São 480 mil toneladas de por ano. Belém corresponde a quase 75% dos resíduos, Ananindeua com cerca de 20% e Marituba com aproximadamente 5%. O local é o único aterro sanitário do Pará autorizado e licenciado pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Semas).

Falta de coleta seletiva e reciclagem
Especialistas e autoridades defendem que não basta ter um local adequado para descarte de resíduos: é necessário investir em reciclagem e enviar o mínimo de resíduos ao aterro sanitário. Para isso, é fundamental a educação ambiental da população. (Por Gil Sóter, Marcus Passos, g1 Pará — Belém)