O Pará é o primeiro estado brasileiro a implantar oficialmente a Vigilância Epidemiológica da Febre de Oroupoche, doença causada pelo vírus de mesmo nome, transmitida pelo mosquito conhecido como maruim.
A implantação foi aprovada no dia 8 de fevereiro, pela Comissão Intergestores Bipartite (CIB), que reúne gestores da Sespa e das secretarias Municipais de Saúde. É a CIB que aprova todas as Políticas de Saúde e as pactuações entre gestores do Sistema Único de Saúde (SUS) no Pará.
O Vírus Oropouche (Orov) é um arbovírus que circula na América Central (Panamá e Trinidad e Tobago) e América do Sul (Brasil e Peru), tendo causado mais de 30 epidemias e mais de meio milhão de casos clínicos da doença, a maioria no Brasil, desde sua descoberta nos anos 1960.
Conforme estudos científicos, o Pará é o estado com maiores evidências da presença do Orov, estando presente em 39 (27,08%) dos 144 municípios, incidência muito maior que no Amazonas, por exemplo, que está enfrentando uma grande onda da doença. Daí a importância de o governo do Estado, por meio da Sespa, priorizar a vigilância desse arbovírus em território paraense.
Sinais e sintomas – Os principais sinais e sintomas da febre de Oropouche são quadro febril agudo, dor de cabeça, dor nas articulações e músculos, fotofobia e outras manifestações sistêmicas. Alguns pacientes raramente podem apresentar manifestações neurológicas.
Prevenção
Quanto às medidas que podem ser adotadas pela população para controle da proliferação dos mosquitos estão a limpeza de terrenos, quintais e outros ambientes que possam contribuir para a proliferação do vetor, manejo ambiental e proteções individuais, como uso de repelente, além da coleta do lixo doméstico. (Por Roberta Vilanova – SESPA)