Em meio à seca extrema que atinge o estado de Rondônia, ribeirinhos enfrentam longas jornadas para encontrar um recurso essencial: a água. A cidade de Porto Velho, por exemplo, está há três meses sem chuvas significativas, segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), e o Rio Madeira teve os piores julho e agosto em quase 60 anos.
A região amazônica enfrenta um período de seca extrema e dois fatores inibem a formação de nuvens e chuvas: Oceano Atlântico Norte mais aquecido que o normal e mais quente que o Atlântico Sul, e o fenômeno El Niño, que causa atrasos no início da estação chuvosa e enfraquecimento das chuvas iniciais do período.
“O peixe tá sumindo, o plantio não tá produzindo, o sol é muito quente, a seca tá muito grande”.
“Estamos sem água e sem comida porque os peixes desapareceram. Não tem peixe aqui. A nossa fonte de alimentação maior é o peixe”.
Esses são relatos de moradores das comunidades ribeirinhas de Porto Velho. Segundo a Defesa Civil Municipal, eles são os mais afetados pela seca. Sem água encanada, ribeirinhos dependem de poços amazônicos, que secaram com a chegada da estiagem.
(Por Emily Costa, Jaíne Quele Cruz, g1 RO. Foto: Thiago Frota/Rede Amazônica).