A maior seca da história do Brasil afeta 1.400 cidades em nível extremo ou severo. Esse período de estiagem chegou mais cedo, como um exemplo de mudança climática, causada por um conjunto de fatores, começando pelo aquecimento global.
O mundo registrou, em 2024, o mês de agosto mais quente da história. E, dos últimos 14 meses, 13 registraram temperatura média 1,5 ºC mais quente do que o período antes da era industrial.
O pesquisador Giovanni Dolif, do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), diz que tudo indica que a alta na temperatura vem para ficar.
“E mais grave do que isso: nós brasileiros estamos sentindo um aquecimento acima dessa média global. Nesse inverno, o trimestre junho, julho e agosto teve em São Paulo, por exemplo, dois graus acima da média”, afirmou.
Para o climatologista Carlos Nobre, um dos cientistas que alertaram sobre as consequências das mudanças climáticas, o que acontece no clima do Brasil também acontece em todo o mundo nos últimos anos.
“Principalmente em 2023 e 2024, quando nós atingimos a temperatura mais alta que o planeta já enfrentou desde o último período interglacial, 120 mil anos atrás, a temperatura ficou 1,5 grau [acima] desde junho até agora”
(Por Fantástico. Foto: Reprodução/redes sociais)