O artesanato em capim dourado agora é considerado manifestação da cultura nacional. A lei foi sancionada pelo presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, em publicação no Diário Oficial da União, na última quinta-feira (17). Nas mãos de artesãs, a planta do cerrado se transforma em arte e encanta brasileiros e estrangeiros.
No Tocantins, o capim dourado ganha destaque desde a sua colheita, onde é feita uma festa com artesãos e moradores do povoado de Mumbuca, no Jalapão. A programação conta com apresentações culturais, rodas de conversa e exposição de artes feitas com a planta.
Quem usa o capim dourado como fonte de renda, acredita que a valorização do artesanato é uma forma de honrar a cultura e povo, como explica a artesã Eliene Bisbo.
“O artesanato tem sido minha fonte de renda por muitos anos e ver hoje ele ganhando esse espaço de grande relevância na sociedade, especialmente com essa lei, enche meu coração de alegria e gratidão. Isso demonstra que estamos no caminho certo, que todo esforço e dedicação para honrar nosso povo e nossa cultura está valendo a pena”, contou.
Moda e capim dourado
O ‘ouro’ do Tocantins é usado para produção de vasos, brincos, anéis, bolsas, sandálias, mandalas e outros objetos de decoração. Mas nos últimos anos, o capim tem chamado atenção pela sua presença em roupas.
Em janeiro deste ano, o artesanato em capim dourado esteve em um ensaio de pré-carnaval no Rio de Janeiro. A atriz Erika Januza, que foi rainha de bateria da escola de samba Unidos do Viradouro, usou uma roupa e coroa feitos com o capim. A produção foi das artesãs Ilana Ribeiro e Noemi Ribeiro, conhecida popularmente como Dotora.
(Por Stefani Cavalcante, g1 Tocantins. Foto: Divulgação/Agência Tocantinense de Notícias e Lua Dof)