Dois homens morreram em confronto com a Polícia Militar (PM), durante a operação que desarticulou um suposto grupo internacional suspeito de falsificar cigarros em um galpão em Dianópolis, região de sul do estado. Os trabalhadores eram trazidos do Paraguai e há suspeita de que eram impedidos de sair do local.
A estrutura foi localizada na zona rural da cidade após troca de informações entre as polícias de Pernambuco, Bahia e Tocantins, no domingo (27). O local era uma verdadeira fábrica, com muito maquinário e insumos, com capacidade de fabricação de 1 milhão de cigarros por dia.
Dois homens armados, possíveis seguranças do local, reagiram à abordagem dos militares e fugiram para a região de mata próxima ao galpão onde funcionava a fábrica. Eles foram perseguidos pelos policiais e houve troca de tiros.
Os dois suspeitos acabaram mortos e uma terceira pessoa, que havia se juntado a eles na mata, foi presa. Conforme o depoimento do detido, a fábrica era de origem paraguaia e pessoas eram trazidas do Paraguai para trabalhar na produção dos cigarros.
A fábrica possuía alojamentos com capacidade para 18 pessoas. Segundo o Comandante da PM, Coronel Márcio Antônio Barbosa, os trabalhadores eram impedidos de sair do local até que finalizassem a produção.
“As pessoas ficavam em situação análoga à escravidão. O local tem condições sub-humanas. Eles eram inclusive impedidos de sair de lá para não levantar suspeitas. Então, esse era o modus operandi deles. Os paraguaios vinham, produziam, depois voltavam pra lá [Paraguai], e eles faziam a distribuição”, conta.
(Por Ana Paula Rehbein e Brenda Santos, g1 Tocantins, TV Anhanguera. Foto: Divulgação/G!/TO)