Anualmente, as chamas das queimadas criam uma paisagem acinzentada e impactam de forma significativa a vida da população goiana. São problemas de saúde relacionados à baixa qualidade do ar e diversos prejuízos econômicos e ambientais, como uma ameaça à biodiversidade.
De 2023 (ano que teve redução nas queimadas) para 2024, os focos de queimadas em Goiás aumentaram em mais de 130%, segundo um levantamento, deixando marcas profundas no coração do Cerrado.
“Nós temos a ‘cultura do fogo’ [costume do uso indiscriminado do fogo para atividades diversas]. No Brasil e em Goiás mais ainda. Tem que mudar esse padrão para evitar futuros incêndios”, avaliou o promotor de Justiça Juliano Araújo.
“A grande maioria dos incêndios é causada por ação humana, seja ela acidental ou intencional”, disse o capitão do Corpo de Bombeiros Jonathan Soares.
Os dados do aumento das queimadas são do Programa de Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Esse acréscimo, de acordo com uma análise feita em setembro pelo Instituto Mauro Borges (IMB), pode trazer um prejuízo de até R$ 1,5 bilhão para a economia goiana até o fim de 2024.
Para reduzir o impacto das queimadas, profissionais de diversas áreas, como a Secretaria de Meio Ambiente (Semad), o Ministério Público de Goiás (MP-GO), o Corpo de Bombeiros e as forças de segurança goianas, têm elaborado estratégias de combate e prevenção. Entre as principais ações estão o monitoramento via satélite, que agiliza a resposta aos focos de incêndio, e a integração entre órgãos e entidades para fortalecer as medidas preventivas.
(Por Gabriela Macêdo, g1 Goiás. Foto: Divulgação/ICMBio)