O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu elevar a taxa básica de juros (Selic) em 0,5 ponto percentual, alcançando 11,25% ao ano. Essa é a segunda alta consecutiva da Selic e a maior desde agosto de 2022, quando o índice chegou a 13,75%. A medida veio alinhada às expectativas do mercado, que já projetava esse ajuste em resposta aos desafios econômicos atuais.
Segundo o Banco Central, a elevação foi motivada pela conjuntura econômica global incerta, com destaque para a política monetária dos Estados Unidos. “O cenário externo, marcado por menor sincronia entre políticas monetárias internacionais, exige cautela para países emergentes”, informou o comunicado. No âmbito doméstico, a decisão foi influenciada pelo dinamismo do
A decisão ocorre em meio à alta do dólar, que fechou em R$ 5,86 na última sexta-feira, o maior valor desde maio de 2020. A valorização da moeda americana impacta diretamente a inflação brasileira, especialmente em setores como importação de alimentos e combustíveis, afastando o país
Pressões fiscais e cenário interno
A elevação
Função da Selic e seu histórico
A Selic serve como base para as demais taxas de juros aplicadas no mercado, sendo o principal instrumento do Banco Central para controle da inflação. Quando a Selic é elevada, o objetivo é conter a demanda e reduzir os preços, pois os juros mais altos encarecem o crédito e incentivam a poupança. Essa estratégia foi empregada entre março de 2021 e agosto de 2022, quando a Selic foi aumentada em 12 reuniões consecutivas para enfrentar a
A taxa de 11,25% permanecerá até a próxima reunião do Copom, prevista para daqui a 45 dias, quando o Banco Central voltar a avaliar a conjuntura econômica e a necessidade de novos ajustes.
FONTE: R7, Divulgação/Banco Centra, Luce Costa/Arte R7
