Quinta-feira, 14 de novembro de 2024
Redenção

Em Brasília, homem morto em explosão foi candidato a vereador e queria matar Alexandre de Moraes

O carro que explodiu na noite de quarta-feira (13) no estacionamento anexo à Câmara dos Deputados, em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), está no nome de Francisco Wanderley Luiz, segundo o delegado-geral de Santa Catarina, Ulisses Gabriel. A Polícia Civil do DF também confirmou, por volta das 23h50, que ele era o homem que morreu nas explosões.

As explosões ocorreram em frente ao STF por volta das 19h30, em um intervalo de cerca de 20 segundos. No porta-malas do veículo, que estava no estacionamento do Anexo IV da Câmara dos Deputados, foram encontrados fogos de artifício e tijolos.

Francisco foi candidato a vereador pelo PL em Rio do Sul, no Vale do Itajaí, em Santa Catarina, em 2020, mas não se elegeu. Segundo o irmão de Francisco, ele era solteiro, atuava como chaveiro e tinha dois filhos, de 37 e 38 anos, do primeiro relacionamento.

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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes afirmou nesta quinta-feira (14) que as explosões registradas na área central de Brasília, na véspera, são resultado do ódio político que se instalou no país nos últimos anos – e não um “fato isolado do contexto”.

Moraes também defendeu que a pacificação nacional é necessária, mas não será feita com anistia (perdão) aos criminosos.

“Não podemos ignorar o que ocorreu ontem. E o Ministério Público é uma instituição muito importante, vem fazendo um trabalho muito importante no combate a esse extremismo que lamentavelmente nasceu e cresceu no Brasil em tempos atuais. Nós precisamos continuar combatendo isso”, afirmou ao abrir uma aula magna no Conselho Nacional do Ministério Público.

Segundo o ministro, a Polícia Federal e o Supremo Tribunal Federal devem assumir as investigações – que, inicialmente, ficaram a cargo da Polícia Civil do Distrito Federal.

Encontrada pela Polícia Federal no interior de Santa Catarina, a ex-mulher de Francisco Wanderlei Luiz, autor do ataque à bomba na Praça dos Três Poderes, disse a agentes da Polícia Federal que ele “queria matar o ministro Alexandre de Moraes e quem mais estivesse junto na hora do atentado”.

(Por Sofia Mayer, Joana Caldas, Clarìssa Batìstela, g1 SC.  Foto: Reprodução/GloboNews)