Indígenas realizaram um protesto pacífico no rio Tapajós, para impedir a construção da Ferrogrão. Cerca de 400 pessoas participaram do ato, que interrompeu o transporte de cargas no Território Tupinambá do Baixo Tapajós, em Santarém, oeste do Pará.
A manifestação marcou o 7º Grito Ancestral do povo Tupinambá, que se posicionou contra a construção da Ferrogrão, o projeto de uma ferrovia que começa em Sinop, no Mato Grosso e termina no porto de Miritituba, em Itaituba, no Pará. Os indígenas afirmam que a obra afetará suas comunidades de forma direta e negativa.”
“Estão nos impedindo de pescar e matando o Rio Tapajós para exportar soja para a China e para a Europa. Se a Ferrogrão for construída, a situação vai piorar ainda mais”, diz Raquel Tupinambá, coordenadora do Conselho Indígena Tupinambá do baixo Tapajós Amozônia (CITUPI).
Manifestantes ocuparam o rio com 5 barcos, 15 bajaras e denunciaram os impactos do corredor logístico do Arco Norte. Segundo eles, os comboios de balsas, portos e terminais afetam negativamente o rio e os habitantes da região.
Estavam presentes representantes dos povos Tupinambá, Munduruku, Arapiun, Kumaruara, Jaraqui, Tapajó, Tapuia, Apiaka, Kayapó, e de comunidades ribeirinhas do baixo Tapajós e de Montanha e Mangabal.
(Por g1 Pará. Foto: Divulgação)