Quarta-feira, 16 de abril de 2025
Redenção

Brasil decide esvaziar embaixada em Damasco

O governo brasileiro age para retirar seu corpo diplomático da embaixada em Damasco, na Síria. A ordem para evacuação partiu do Palácio do Planalto e tenta proteger os servidores do país em meio à crescente escalada de tensão no país do Oriente Médio após a derrubada do ditador Bashar al-Assad.

A operação de resgate está em curso e tem apoio da ONU.

Tecnicamente, a embaixada brasileira permanecerá aberta, mas não há, na avaliação do governo Lula, como garantir a segurança do prédio e de seus servidores.

O Brasil se somou a outros países da Europa, que decidiram esvaziar suas representações. Um dos planos é, em comboio, levar os diplomatas e demais servidores até o Líbano. O Ministério das Relações Exteriores é o responsável pela operação.

A decisão veio após o registro de incidentes em algumas embaixadas em Damasco no final de semana, Cuba e Itália, entre elas.

Rússia concedeu asilo político a Assad, diz Kremlin; Conselho de Segurança da ONU se reúne nesta segunda.

Presidência russa confirmou nesta segunda (9) asilo ao ex-ditador sírio. Assad fugiu da Síria após tropas insurgentes entrarem na capital, Damasco, neste fim de semana em uma ofensiva-relâmpago que tomou o poder em 10 dias.

O ditador da Síria, Bashar al-Assad, está na Rússia, e recebeu asilo político, diz governo russo. O paradeiro dele era desconhecido desde que rebeldes invadiram Damasco, no sábado.

Após a queda do ditador, o líder do HTS, grupo que tomou o poder, apareceu em público na capital síria, e chamou a queda de Assad de “vitória para a nação islâmica”.

A derrubada do regime sírio aconteceu 10 dias após o início de uma ofensiva relâmpago após 13 anos de uma guerra civil que deixou mais de 500 mil mortos.

A família Assad comandava a Síria há mais de 50 anos, e há 13 enfrentava uma insurgência iniciada na Primavera Árabe, que levou a queda de ditadores em países como Egito, na Líbia e na Tunísia.

O governo brasileiro pediu uma solução pacífica e orientou seus cidadãos a deixar o país. Há 3,5 mil brasileiros na Síria.

(G1/ Por Daniela Lima. Foto: G1)