O Ministério Público Federal (MPF) apresentou, na última segunda-feira (16), uma denúncia à Justiça Federal contra seis indivíduos suspeitos de formar uma organização criminosa responsável pelo garimpo ilegal de cobre em Ourilândia do Norte, no sul do Pará.
As investigações revelam que, entre 2018 e 2020, o grupo movimentou mais de R$ 1 milhão com a venda do cobre extraído de forma ilegal.
A denúncia inclui crimes graves, como:
Usurpação de matéria-prima da União
Extração ilegal de recursos minerais
Organização criminosa
Posse ilegal de explosivos
Lavagem de dinheiro
Como a operação foi descoberta?
As investigações começaram em 17 de janeiro de 2020, quando a Polícia Federal (PF) prendeu uma das acusadas em um garimpo ilegal na fazenda. No local, os agentes encontraram explosivos, equipamentos de mineração e minério de cobre que havia sido extraído.
Provas adicionais, como documentos e celulares apreendidos, confirmaram o envolvimento de todos os denunciados na estrutura e operações do grupo.
Estrutura e atividades do grupo
O grupo tinha uma organização interna bem definida:
Gerenciamento do garimpo
Transporte e venda do minério
Recebimento dos pagamentos, ocultando a origem dos recursos por meio de contas bancárias em nome de empresas próprias
Movimentação financeira complexa, com cerca de R$ 95 milhões registrados em transações no período investigado
Parte dos recursos foi direcionada para familiares, incluindo menores de idade, destacando o alcance social e econômico das atividades do grupo.
(DOL Carajás. Foto: MPF / Reprodução)