Parauapebas estuda a implementação do programa semiaberto harmonizado no município. A promotora de Justiça, Magdalena Torres Teixeira Jaguar, citou que o projeto tem a importância não somente de propiciar a redução da pena por meio do trabalho, mas também a ressocialização dos detentos, permitindo que se preparem para o retorno à sociedade.
A medida já é executa em outros municípios do Estado, a exemplo de Marabá, onde os presos de Parauapebas cumprem pena no regime semiaberto no presídio da cidade. No entanto, a promotora destaca que a maioria dos presos que cumprem semiaberto em Marabá tem familiares em Parauapebas, e o crime pelo qual foram condenados ocorreu no próprio município, por isso, é fundamental que eles retornem ao convívio da comunidade local, com o apoio das famílias e da sociedade.
A ressocialização, por meio de atividades laborais, é vista pela promotora Magdalena como um passo importante para minimizar o estigma enfrentado pelos egressos do sistema penal, quando, muitas vezes, esses indivíduos, mesmo após se capacitarem durante o cumprimento da pena, enfrentam dificuldades para conseguir uma vaga no mercado de trabalho devido ao preconceito por parte de alguns empregadores, por conta dos antecedentes criminais.
Magdalena explica que a seleção dos egressos que participarão do projeto será rigorosa, levando em consideração fatores como o tipo de crime cometido, a avaliação da periculosidade, e a disposição do interno para trabalhar. Para garantir que o processo seja conduzido de maneira segura e eficiente, os detentos selecionados para o programa serão monitorados.
(Correio de Carajás/Theíza Cristhine. foto: divulgação)