A mãe de uma criança de cinco anos em acolhimento institucional no Abrigo Esperança, coordenado pela Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas) de Parauapebas, denunciou que o filho teria sido vítima de estupro dentro da instituição.
Os suspeitos de cometerem o abuso, acrescentou, seriam dois adolescentes de 12 anos, também acolhidos. Ela alega que não recebeu permissão, até o momento, para ver o menino.
A assessoria de imprensa da Polícia Civil informou que o caso está sendo investigado pela Delegacia Especializada no Atendimento à Criança e ao Adolescente (Deaca) de Parauapebas e que o procedimento é sigiloso.
Segundo a mãe o caso teria sido registrado na manhã de segunda-feira (3), dia em que ela esteve no local para fazer a visitação do filho, mas foi impedida de vê-lo. Conforme a genitora, nenhuma justificativa foi fornecida para o impedimento.
Já à noite, por volta das 19 horas, ela recebeu o telefonema de uma pessoa relatando que a criança teria sofrido a violência. A mãe foi informada, ainda, que no mesmo dia a vítima teria passado por exame de corpo de delito, como é chamada a perícia que pode comprovar se há vestígios da materialidade do abuso.
Na terça, a mulher procurou a Delegacia da Polícia Civil em busca de informações sobre o filho e a investigação do caso, entretanto, diz, não obteve qualquer notícia.
A denunciante acrescenta ter reparado sinais estranhos durante visitas anteriores à criança. De acordo com ela, o menino frequentemente apresentava marcas roxas e de mordidas pelo corpo. “Uma vez cheguei para visitar e meu filho de cinco anos falou: ‘os meninos me bateram e me deram maconha’”. Assustada, ela diz ter procurado os responsáveis pelo abrigo, que teriam se limitado a dizer que desconheciam a denúncia feita pela criança.
(Correio de Carajás/Theíza Cristhine. Foto: divulgação)