O Ministério das Cidades prorrogou novamente o prazo para contratação de 112 mil imóveis do programa Minha Casa, Minha Vida voltados a movimentos sociais e povos tradicionais. As moradias foram anunciadas pelo presidente Lula (PT) em abril do ano passado e, com o novo adiamento, só sairão do papel a partir de junho.
O governo adiou por 120 dias o prazo de assinatura dos contratos de construção dos imóveis. O atraso atinge duas modalidades da Faixa 1 do programa, a de renda mais baixa: o MCMV-Entidades, voltado a famílias organizadas em movimentos de moradia urbana, e o MCMV-Rural, que atende agricultores familiares, indígenas, quilombolas e outros povos tradicionais.
Prazo foi adiado pela segunda vez. Em abril, Lula anunciou um pacote de 112 mil imóveis com previsão de contratação em até 180 dias, ou seja, até outubro. Em outubro, o prazo foi estendido por mais 120 dias, até a última terça (4). Agora, com o segundo adiamento, a construção dos imóveis poderá ser contratada até o início de junho.
O Ministério das Cidades informou ao UOL que liberou, até o momento, 37,4 mil imóveis da linha Rural (metade dos 75 mil anunciados) e 12,4 mil da linha Entidades (um terço dos 37 mil previstos). Esse aval, porém, não significa o início da construção, porque a assinatura dos contratos cabe à Caixa Econômica Federal.
(Rafael NevesDo UOL, em São Paulo. Imagem: Divulgação / UNMP)