O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou ontem, terça-feira (25), a demissão da ministra da Saúde, Nísia Trindade. Ela será substituída por Alexandre Padilha, atual chefe da pasta das Relações Institucionais.
A decisão foi comunicada à ministra durante reunião no Planalto, na tarde de ontem. A troca de comando será oficializada durante cerimônia de posse marcada para 6 de março.
A demissão de Nísia já era especulada há semanas, como parte de uma reforma ministerial em etapas para fortalecer a posição do governo Lula em duas áreas críticas: a relação com o Congresso e a recuperação da popularidade junto ao eleitorado.
Lula deve tentar dar um perfil mais político aos seus ministérios. Ele vem cobrando que os ministros defendam os feitos do governo, e deve tentar também abraçar indicações do Centrão (bloco informal na Câmara dos Deputados que reúne parlamentares de legendas de centro e centro-direita).
Socióloga de formação, Nísia ficou famosa por ter presidido a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) entre 2017 e 2022 — período que incluiu os anos críticos da pandemia de Covid-19.
A saída de Nísia marca a oitava troca de comando em ministérios no atual mandato.
A maior parte dessas mudanças atendeu a uma entre duas motivações principais: tentar ampliar o apoio ao governo (no Congresso ou no eleitorado) ou resolver uma crise criada pelo próprio governo.
(Por Guilherme Mazui, Delis Ortiz, Mateus Rodrigues, Pedro Henrique Gomes, g1 e TV Globo — Brasília. Foto: TON MOLINA/FOTOARENA/ESTADÃO)