A fila de espera do INSS tem quase dois milhões de requerimentos por benefícios sociais e da Previdência. O governo alega que a média mensal de pedidos disparou e que a fila aumentou com uma greve de servidores.
Em julho de 2023, o governo criou um programa para cumprir a promessa do presidente Lula de acabar com a fila de espera dos pedidos de benefícios do INSS. A medida provisória permitia deslocar funcionários para unidades com maior carência no atendimento e autorizava o governo a pagar bônus de produtividade aos servidores e médicos peritos.
Segundo o INSS, nos primeiros oito meses do programa, a fila de espera por benefícios caiu de 1,8 milhão pedidos para pouco mais de 1,3 milhão. A fila voltou a aumentar a partir de julho de 2024. Em novembro de 2024, último mês com dados disponíveis, chegou a quase 2 milhões de pessoas.
O tempo médio de espera por atendimento acompanhou a oscilação da fila. Diminuiu de quase 76 dias em 1º de janeiro de 2023 para 47 em janeiro de 2024. Chegou a 34 em julho de 2024, mas voltou a subir a partir de agosto de 2024 e estava em 39 dias em novembro, o último mês com dados disponíveis. O prazo máximo legal são 45 dias.
O Ministério da Previdência afirma que a fila aumentou porque quase dobrou o número de pedidos de benefícios em um ano. Passou de 700 mil para um 1,2 milhão por mês, em média. Segundo o governo, 21% dos pedidos têm o mesmo CPF. A mesma pessoa entraria com diferentes pedidos de benefícios ao longo do ano.
(Por Jornal Nacional. Foto: Reprodução/TV Globo)