Quarta-feira, 16 de abril de 2025
Redenção

Em GO, Produtor de soja matou dono de bar para vingar crime de 1996

O produtor de soja Carlos Teles Vieira, de 47 anos, matou o dono de bar José Carlos Pereira Sampaio, 57, em Bela Vista de Goiás, para vingar um suposto crime ocorrido contra a então namorada, em agosto de 1996. A afirmação foi feita pela filha do suspeito em um texto, que teve a autenticidade confirmada pelo advogado da família.

“Aos 14 anos, em agosto de 1996, minha mãe foi estuprada por José Carlos (Zezin). Na época, ela já namorava meu pai, que tinha 17 anos. Além de ter cometido o crime, o José Carlos espalhou para todo mundo da comunidade de Roselândia sobre o caso como se fosse algo consensual, causando muita humilhação para minha mãe e para meu pai, que era seu namorado”, detalha em trecho do texto.

E continuou: “A suposta vítima, inclusive, teria ficado grávida. Mas eles não tinham condições de fazer o teste de DNA, à época. “No último sábado, após um longo dia de trabalho, meu pai chegou em casa, estava muito ansioso, tomou remédio para dormir, tomou cinco latas de cerveja, mas nada tirava a aflição dele. Ele pegou a arma, registrada em seu nome, e saiu de casa pedindo desculpa à minha mãe. Ela ainda falou para ele não fazer nenhuma besteira. No dia seguinte, a polícia bateu na porta da minha mãe.”

Crime

O crime aconteceu no sábado (1º), no distrito de Roselândia, em Bela Vista de Goiás. Conforme a Polícia Militar (PM) de Goiás, o suspeito teria parado a caminhonete branca em uma rua próxima e caminhou a pé até o Bar Não Tem Dia, em frente a praça do Distrito de Roselândia.

Por volta das 22h de sábado, ele, que estava de óculos, teria entrado no bar e disparado contra a vítima, o dono do estabelecimento. Do lado de fora, ele ainda teria efetuado mais dois disparos para cima antes de fugir. O Corpo de Bombeiros Militar de Goiás (CBMGO) esteve no local, mas José Carlos já estava morto.

Conforme as autoridades, foi usada uma pistola 9 mm para praticar o crime. Uma câmera de um estabelecimento próximo ao bar filmou um veículo que seria a caminhonete em fuga.

Carlos da Soja, como é conhecido, não foi preso, pois se apresentou após o período de flagrante. Ao Mais Goiás, o advogado de Carlos da Soja disse que o cliente foi à delegacia espontaneamente e deu suas declarações, estando à disposição da autoridade policial e judiciária para elucidação dos fatos.

(Mais Goiás/Francisco Costa. Foto: Karytonn Oliveira)