Uma investigação que apura o suposto envolvimento de servidores em um esquema de vazamento de informações sigilosas do Superior Tribunal de Justiça (STJ) levou para a prisão um advogado e o pai dele, parentes do governador do Tocantins. Também houve o cumprimento de mandados de busca e apreensão nos endereços dos investigados.
Com autorização do ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), a Polícia Federal apura ainda a suposta participação de advogados, lobistas, empresários, assessores, chefes de gabinete e magistrados no suposto esquema.
Quem são os alvos?
Nesta etapa da operação, que é um desdobramento de outra investigação chamada Sisamnes, foi preso o advogado Thiago Marcos Barbosa de Carvalho. Ele era servidor do Ministério Público do estado (MPTO) e atuava como assessor do procurador Ricardo Vicente da Silva, que também se tornou alvo de buscas na operação federal.
Thiago é sobrinho do governador Wanderlei Barbosa (Republicanos), que não é investigado nessa operação. Ele foi exonerado pelo MPTO na terça-feira.
A defesa do procurador informou que não vai se manifestar porque não teve acesso ao inquérito.
O pai de Thiago, ex-prefeito de Almas, também acabou sendo preso após a Polícia Federal encontrar uma mochila com R$ 22,5 mil. Goianyr, que é cunhado do governador, teria jogado o dinheiro pela varanda ao ver a movimentação de policiais em casa.
O advogado de Goianyr, Zenil Drumond, informou que o cliente pensou que haveria um assalto por isso jogou o dinheiro e que o jornalista foi preso em flagrante por suspeita de lavagem de dinheiro, mas que “não há elementos que comprovem a alegação da polícia”.
(Por Patricia Lauris, Ana Paula Rehbein, g1 Tocantins e TV Anhanguera. Foto: Reprodução/TV Anhanguera)