Sábado, 19 de abril de 2025
Redenção

Povos indígenas de Marabá e região ganham formação acadêmica

Em meio à floresta amazônica, na aldeia Sai Cinza, localizada em Jacareacanga, um sonho parecia impossível: chegar à universidade. Para Anacildo Saw Munduruku, 33 anos (foto), a formação acadêmica era um sonho que estava a um passo de ser perdido. Hoje professor, pesquisador e defensor da educação indígena, ele transformou sua trajetória em símbolo de resistência e luta pelo futuro da educação indígena.

Anacildo conta, exultante, que é formado em História pela Universidade do Estado do Pará (UEPA), e que atualmente cursa o mestrado profissional em Educação Indígena.

A formação superior sempre permeou os sonhos do indígena, mas, apesar do incentivo dos pais e familiares, não havia recursos suficientes para mandá-lo estudar na cidade. Por quatro anos Anacildo ficou longe da sala de aula, conformado que seu maior desejo jamais se realizaria.

O mestrado, voltado à causa indígena, reforça não apenas a identidade e missão de Anacildo como professor, mas o coloca também na figura simbólica do guerreiro. Porém, ao invés de empunhar armas e lutar contra inimigos, ele batalha pela preservação da história e da memória de seu povo.

(Correio de Carajás/Luciana Araújo. Foto: divulgação)