Sexta-feira, 25 de abril de 2025
Redenção

Pará completa um ano como área livre de aftosa e pecuária alcança novos mercados

Há um ano, o Governo do Pará realizou a última vacinação de bovinos contra a febre aftosa. O evento, em abril de 2024, marcou o fim de um ciclo para o setor pecuário no território estadual. Marabá foi o município escolhido para simbolizar esse encerramento, por ter sido pioneiro nas imunizações em 2007, com um dos maiores rebanhos e protagonista na pecuária regional.

Com o reconhecimento de área livre de aftosa sem vacinação, a Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará) deu início ao processo de substituição da vacina por uma vigilância baseada em fatores de risco. Foram intensificadas ações como a inspeção clínica de animais suscetíveis à febre aftosa, o mapeamento das propriedades e a inspeção regular de propriedades. Medidas importantes para manter a sanidade do rebanho e assegurar, por exemplo, a exportação de boi em pé, cujo maior produtor é o Pará.

“Sem dúvida nós avançamos. Temos hoje um Serviço de Defesa robusto do ponto de vista técnico, administrativo e operacional com um corpo técnico capacitado para atuar frente a essa nova realidade que é a ampliação do mercado para a carne bovina. Com a zona livre, nós podemos conquistar mercados mais exigentes como Japão, Canadá, Filipinas. Temos plantas especializadas que fazem atendimento de países mulçumanos  e uma forte exportação de gado em pé para o Oriente”, ressalta Jamir Macedo , diretor-geral da Adepará.

Produtividade sustentável

A retirada da vacina contra a febre aftosa impõe um modelo de produção mais sustentável. Com o fim da imunização os produtores precisam estar mais atentos à saúde dos animais e comunicar a Adepará qualquer suspeita de sintomas sugestivos de doença vesicular  nos animais, como febre, salivação excessiva, feridas na boca, dificuldade para se alimentar, mancar ou andar com dificuldade e lesões nas patas.

(Por Nathalia Lima – ADEPARÁ. Foto: divulgação/Agência Pará)