Nove das 15 Unidades de Conservação (UCs) na Amazônia mais devastadas pelo garimpo estão no Pará. É o que mostra um levantamento do Greenpeace Brasil divulgado na quinta-feira (5).
O estudo revela que a atividade ilegal extrapola as terras indígenas e ameaça o patrimônio natural do país, que são as UCs.
A ação garimpeira foi identificada em unidades de conservação da Amazônia nos estados do Amapá, Amazonas e no Pará.
Foram 13,4 mil hectares destruídos nas 15 UCs- é praticamente 80 vezes o tamanho do Parque Ibirapuera, em São Paulo.
Segundo a ONG Greenpeace, o alerta não é apenas para as Terras Indígenas que já são atingidas pelo garimpo, mas também as unidades de conservação.
“O enfraquecimento da fiscalização, afrouxamento de leis ambientais e aumento do preço do ouro no mercado externo fizeram com que a atividade crescesse exponencialmente, piorando um cenário que já era muito complexo no bioma”, explica Jorge Eduardo Dantas, porta-voz da frente de Povos Indígenas do Greenpeace Brasil.
(Por g1 Pará — Belém. Foto: Marizilda Cruppe/Greenpeace Brasil)