Já não é mais novidade que o município de Canaã dos Carajás esteja superando Parauapebas em tudo, inclusive em desenvolvimento social. Os únicos quesitos nos quais Parauapebas ainda impõe vantagem são o demográfico (são 300 mil habitantes na Capital do Minério contra cerca de 90 mil na Terra Prometida) e, por enquanto, o financeiro (são R$ 2,7 bilhões em arrecadação líquida em Parauapebas ante R$ 2 bilhões em Canaã). De resto, o município prodígio do Brasil empata ou supera. E acabou de levar mais uma.
Na segunda-feira (11), microdados recém-liberados pelo Ministério da Economia apontam que, em outubro, Canaã dos Carajás superou Parauapebas na balança comercial. Enquanto a Capital do Minério embarcou 540,32 milhões de dólares em commodities, notadamente minério de ferro, a Terra Prometida enviou ao exterior 551,94 milhões de dólares, diferença de 11,5 milhões de dólares a mais.
No acumulado do ano, a distância entre os dois municípios é mais expressiva. Enquanto Parauapebas exportou 5,15 bilhões de dólares, Canaã dos Carajás foi adiante com 5,58 bilhões, mais de 400 milhões de dólares de diferença.
Essa “briga de cachorro grande” na balança comercial, que parece apenas mera comparação estatística, tem muito a dizer por trás das entrelinhas e traz implicações práticas à vida das duas populações envolvidas. Isso porque o crescimento magistral de Canaã dos Carajás nos últimos cinco anos na balança comercial se deu — e continua a se dar — escorado nas operações de minério de ferro extraído da Serra Sul de Carajás, onde se assenta a mina de S11D.
Canaã dos Carajás se tornou, este ano, o 3º município que mais dá lucro ao Brasil porque exporta muito e importa pouco produto do exterior. O município paraense só fica atrás da cidade do Rio de Janeiro e do município de Duque de Caxias (RJ), ambos turbinados por operações robustas de porto e petróleo.
(Por blog do zedudu. Foto: Divulgação/redes sociais)