O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, revelou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva solicitou a inclusão de mais um ministério na lista de pastas que passarão por cortes de gastos. As medidas estão sendo finalizadas e deverão ser anunciadas em breve. Entre os ministérios inicialmente envolvidos nas discussões estão os da Saúde, Desenvolvimento Social, Educação, Previdência Social e Trabalho e Emprego.
Em uma coletiva, Haddad destacou que a decisão final sobre o novo ministério será discutida em uma reunião marcada para quarta-feira (13), sem adiantar o nome da pasta, pois ainda não há certeza se conseguirá atender ao pedido de forma ágil. As negociações ocorrem em meio a encontros frequentes entre Lula e a equipe econômica para tratar da redução de despesas públicas e das medidas necessárias para estabilizar a economia brasileira.
As propostas para os cortes devem ser encaminhadas ao Congresso Nacional e podem envolver uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) e projetos de lei, que serão discutidos com os líderes das Casas Legislativas. Embora ainda não haja um encontro formal com os presidentes do Senado e da Câmara, Haddad se reunirá novamente com Lula nesta terça-feira (12) para detalhar o encaminhamento dessas iniciativas.
Os cortes estão sendo debatidos com ministros que têm liderado as áreas econômicas, como Rui Costa (Casa Civil), Simone Tebet (Planejamento e Orçamento) e Esther Dweck (Gestão e Inovação em Serviços Públicos), além de autoridades que integram órgãos vinculados ao governo, como INSS, DataPrev e Serpro. Nos últimos dias, os encontros também contaram com ministros das pastas afetadas pelos ajustes, incluindo Geraldo Alckmin e Paulo Pimenta.
Haddad afirmou que, apesar das resistências e do debate dentro do governo, controlar a inflação e manter o equilíbrio econômico são prioridades. Ele reforçou que o compromisso com a sustentabilidade da economia é essencial para garantir benefícios a todos os brasileiros.
A decisão por esses ajustes ocorre em um cenário de intensa negociação entre a equipe econômica e as pastas governamentais, incluindo diálogos que se estenderam durante a semana passada. Essas reuniões se tornaram frequentes para que se chegue a um consenso sobre a viabilidade dos cortes e sua abrangência.
FONTE:( Ana Isabel Mansur, do R7, em Brasília,/Agência Brasil)