A Polícia Civil de Goiás cumpriu mais de 60 mandados contra suspeitos de roubar veículos de luxo em Goiás, São Paulo e no Rio de Janeiro. São 54 mandados de busca e apreensão e 14 de prisão temporária.
Segundo a polícia, esses carros eram oferecidos a comerciantes de Goiás pelo valor de R$ 15 mil, sendo que o valor venal dos veículos chega a R$250 mil.
Os nomes dos suspeitos não foram divulgados pela Polícia Civil e, por isso, o g1 não obteve o contato com a defesa para um posicionamento até a última atualização desta reportagem.
Os mandados são cumpridos nesta quinta-feira (5) nas cidades de Goiânia, Trindade, São Paulo (SP), Sorocaba (SP), São José dos Campos (SP) e Rio de Janeiro (RJ). Entre os veículos roubados, estava o carro que dá nome para operação policial: Commander. De acordo com a Polícia Civil, os suspeitos também ofereciam peças já identificadas.
Segundo a delegada da Delegacia Estadual de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos Automotore (DERFRVA), Rafaela Azzi, em Goiás, são sete pessoas investigadas com mandado de prisão decretados. “Hoje são investigadas as pessoas que embalam, transportam e remetem as peças para Goiás e por oferecer os veículos inteiros também”, declarou a delegada.
“O que chama atenção é que, inicialmente, este grupo passou a trazer esses componentes veiculares do estado de São Paulo. Em função da carga não vir como eles haviam adquirido, com peças avariadas, eles trataram de se estabelecer no Rio de Janeiro e de lá trazer veículos de luxo. Só que esses veículos de luxo vindos do Rio não vieram só fracionados, houve uma oferta de vários veículos subtraídos no sudoeste para virem inteiros”, explicou a delegada.
Segundo a delegada, o principal investigado já foi denunciado pelo Ministério Público de Goiás e está preso. “Nós fizemos análise do aparelho telefônico dele, uma análise judicialmente autorizada, e recebemos denúncias pelo 197 de que realmente eles estavam criando um nicho de mercado no Rio de Janeiro para fazer o diferencial em relação aos outros comerciantes que trabalhavam com a aquisição de peças ilícitas de São Paulo, mas o que eles queriam eram veículos de luxo que eles chamam de ‘naves'”, narrou a a delegada.
(Por Tatiane Barbosa, g1 Goiás. Foto: Reprodução/Polícia Civil)