O preço da comida ainda vai pesar em 2025, mas não mais do que no ano passado, afirmam economistas.
Em 2024, os alimentos ficaram 7,7% mais caros em relação a 2023, de acordo com o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que é a inflação oficial. Mas a expectativa dos analistas é de que os preços desacelerem neste ano.
Um sinal disso foi que, em janeiro, a alta para este grupo no IPCA foi de 0,96%, inferior ao 1,18% registrado em dezembro.
Mas que produtos deverão dar um alívio mais rápido para o bolso do consumidor e quais continuarão sendo “vilões” da inflação? Segundo os especialistas:
de imediato, o consumidor pode esperar queda nos preços do óleo de soja e do leite. Em janeiro, a inflação desses alimentos já diminuiu;
o valor da carne também desacelerou em janeiro, mas as fortes exportações do Brasil e a diminuição do ritmo de abates podem não trazer um alívio tão grande;
café e laranja ainda seguirão com preços altos, diante de problemas com essas safras, entre outros motivos.
O economista Roberto Mendonça de Barros, fundador e sócio da consultoria MB Associados, prevê que os preços dos alimentos encerrem 2025 com uma alta em torno de 6%.
Já André Braz, economista do Ibre-FGV, estima que esse grupo deve ter uma inflação entre 7% e 6,5%, ou menor.
Entre os motivos para isso estão o crescimento da safra de grãos, a previsão de melhora do clima em relação a 2024 e a recente trajetória de recuo do dólar, uma moeda que influencia tanto no interesse do produtor em exportar mais como no custo dos cultivos.
(Por Paula Salati, Vivian Souza, g1. Foto: REUTERS/Ricardo Moraes)