Domingo, 13 de abril de 2025
Redenção

Hospedagem em Belém na COP30 sai mais cara do que comprar imóvel na cidade

A nove meses do início da COP30 em Belém, a corrida por hospedagem na cidade criou uma nova bolha: é mais barato comprar um apartamento na cidade do que alugar um imóvel pelos 11 dias do evento (10 a 21 de novembro)

Apartamentos foram colocados para locação em plataformas especializadas. Há várias opções que passam do milhão de reais no Booking e no Airbnb.

Os preços exorbitantes ocorrem porque Belém não tem hotéis suficientes. Há 18 mil quartos à disposição e a expectativa é de que a cidade receba 50 mil visitantes durante o evento.

Anfitriões chegam a pedir R$ 2,23 milhões por uma casa alto padrão no bairro Parque Verde. Oferecida no Booking, ela tem dois quartos, piscina, jardim e o hóspede terá direito a café da manhã. A plataforma informou que não interfere na definição dos preços.

Muitos imóveis estão tão caros que sai mais barato comprar que alugar. Comparação foi feita com imóveis no mesmo bairro. O UOL fez o levantamento a partir dos preços de locação durante a COP30 e comparados com o valor de apartamentos à venda em sites de imobiliárias de Belém. Eles ficam em pontos de Belém que sites de turismo descrevem como locais de classe média alta e com boa localização.

Comparação foi feita com imóveis no mesmo bairro. Eles ficam em pontos de Belém que sites de turismo descrevem como locais de classe média alta e com boa localização.

A mesma quadra do bairro Batista Campos tem situação simbólica. O aluguel de uma casa de apenas um quarto e com cadeiras de plástico na cozinha sai muito mais caro do que comprar um apartamento de três quartos em prédio a 180 metros de distância.

A locação da casa custa R$ 1,21 milhão durante a COP30. Há somente um banheiro. O imóvel está com desconto de 20%, o que sugere dificuldade de fechar negócio.

O apartamento de três quartos custa R$ 851 mil. Além de economizar mais de R$ 360 mil, o visitante terá direito a mesa com 8 cadeiras, 2 banheiros e camas box.

(Felipe PereiraDo UOL, em Brasília. Foto: reprodução)