Sábado, 19 de abril de 2025
Redenção

Ministra das Relações Institucionais causa polêmica ao falar Gleisi sobre anistia do 8 de janeiro

A forma como a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), tratou, na quinta-feira (10), a anistia para envolvidos no 8 de janeiro revoltou alguns ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

“Falar sobre anistia ou mediação de pena em relação a algumas pessoas do 8 de janeiro eu acho que é defensável do ponto de vista de alguns parlamentares”, afirmou Gleisi. “Acho que a gente até pode fazer essa discussão no Congresso.”

Gleisi ressaltou que é contra a versão atual do projeto da anistia por entender que ele permite o perdão a Jair Bolsonaro (PL) e aos generais envolvidos na tentativa de golpe de Estado: […] O que está ali [no projeto de lei em tramitação] são os responsáveis. Isso não pode acontecer jamais”, completou.

Ainda assim, na avaliação dos magistrados, fala, vinda da ministra das Relações Institucionais, sugere que o governo tem medo de a oposição conseguir os votos necessários para levar o projeto adiante, e que toparia um acordo para reduzir penas em troca de evitar a aprovação da anistia — um perdão total dos envolvidos que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) vê como saída política para não ser preso.

No fim da noite de quinta-feira (10), a oposição conseguiu os 257 votos necessários para dar início à tramitação de um pedido de urgência para que o projeto seja votado direto no Plenário, sem precisar passar por comissões (o que torna a tramitação mais lenta e pode inviabilizar a proposta).

Gleisi diz que fez ‘fala mal colocada’ e que ‘não tem anistia nenhuma’. Na manhã desta sexta (11), após a reação negativa, Gleisi afirmou que fez uma “fala mal colocada” e que não cabe ao Legislativo revisar a pena.

(Por Andréia Sadi, g1. Foto: CNN Brasil)