Terça-feira, 22 de abril de 2025
Redenção

Como a Igreja Católica escolhe um novo papa

O papa Francisco morreu às 2h35 pelo horário de Brasília, 7h35 pelo horário local, desta segunda-feira (21), aos 88 anos. Agora, a Igreja Católica se prepara para definir um sucessor para o cargo.

A escolha pelo próximo papa será definida num processo conhecido como conclave. Nesse ínterim, até 120 cardeais com menos de 80 anos se reúnem na Capela Sistina, no Vaticano, para escolher o novo papa por meio de uma votação. Durante todo o processo, eles ficam isolados do mundo exterior.

Antes da votação, três cardeais são escolhidos para contar os votos e outros três para revisar o ritual. Para ser escolhido, um cardeal precisa ter pelo menos dois terços dos votos. Eles devem votar entre si, mas não podem votar nos seus próprios nomes.

No primeiro dia, os cardeais devem indicar os seus candidatos em uma cédula de papel. Caso nenhum deles obtenha dois terços dos votos, a votação é feita novamente no segundo dia. No total, até seis votações podem ser realizadas nesta etapa. Mesmo assim, caso não haja um consenso mínimo, os cardeais podem fazer até quatro pausas, com sete votações entre elas, para a escolha do novo papa. Por fim, se ainda houver discordâncias, os dois mais votados enfrentam uma disputa direta.

Quando o novo papa é escolhido, o anúncio é feito por meio da tradicional fumaça que sai da chaminé da Capela Sistina. A fumaça preta indica que ainda não há um nome definido. Já a fumaça branca indica que os cardeais elegeram um novo papa.

Brasileiros no conclave

O único cardeal brasileiro que não poderá participar do processo é Raymundo Damasceno, arcebispo emérito de Aparecida, de 87 anos. Até o momento, outros sete cardeais brasileiros estão na lista do Vaticano para participar do conclave.

Jaime Spengler, presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e arcebispo de Porto Alegre, 64 anos;

João Braz de Aviz, arcebispo emérito de Brasília, 77 anos;

Leonardo Ulrich Steiner, arcebispo de Manaus, 74 anos;

Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo, 75 anos;

Orani Tempesta, arcebispo do Rio de Janeiro, 74 anos;

Paulo Cezar Costa, arcebispo de Brasília, 57 anos;

Sérgio da Rocha, primaz do Brasil e arcebispo de Salvador, 65 anos.

(Brasil de Fato/Editado por: Martina Medina. Foto: Revista az/divulgação)