Após o sepultamento do papa Francisco, neste sábado (26), a Igreja Católica começa um período de luto de nove dias que deve ser respeitado até a eleição que escolhe seu próximo pontífice. A votação é conhecida como Conclave.
Com isso, em teoria, o processo não deve começar antes do dia 5 de maio. Pela norma, o início do Conclave pode ser antecipado se todos os cardeais com direito a voto já estiverem no Vaticano. A eleição também pode ser adiada, em casos excepcionais, por “motivos graves”.
Logo após a morte do papa, o Vaticano convocou todos os cardeais do mundo para compor o chamado Colégio dos Cardeais, atualmente formado por 252 religiosos, incluindo oito brasileiros. Esse grupo ajuda a organizar o Conclave e discute questões inadiáveis da igreja.
No entanto, apenas os cardeais com menos de 80 anos podem participar da eleição. Atualmente, 135 se enquadram nesse critério — entre eles, sete brasileiros.
Quais os próximos passos?
Na primeira Congregação Geral dos Cardeais, na terça-feira (22), foi decidido que o cardeal Pietro Parolin presidirá a missa do domingo (27), segundo dos nove dias de luto.
Ainda no domingo, os cardeais fazem uma visita conjunta ao túmulo do Santo Padre Francisco, em Santa Maria Maggiore.
Quantos votos são necessários?
Para ser eleito, um cardeal precisa receber dois terços dos votos, que são secretos e queimados após a contagem. Caso o próximo Conclave realmente reúna 133 cardeais, serão necessários ao menos 89 votos.
Ao todo, até quatro votações podem ser realizadas por dia — duas pela manhã e duas à tarde.
Se, depois do terceiro dia de Conclave, a Igreja continuar sem papa, uma pausa de 24 horas é feita para orações.
Outra pausa pode ser convocada após mais sete votações sem um eleito.
Caso haja 34 votações sem consenso, os dois mais votados da última rodada disputarão uma espécie de “segundo turno”. Ainda assim, será necessário atingir dois terços dos votos para que um deles seja eleito.
(Por Redação g1. Foto: Andrew Medichini/AP)