Uma saga que durou 135 dias de viagem chegou ao fim na semana passada. Somente agora a mineradora Horizonte Minerals divulgou que recebeu, sãos e salvos, os fornos rotativos, calcinador e secador vindos de fábricas da FLSmidth na China até Conceição do Araguaia, sul do Pará.
Após um processo de engenharia e construção de dez meses e uma viagem de pouco mais de quatro meses até o canteiro do Projeto Araguaia, os equipamentos chegaram no último dia 17 de junho.
A carga percorreu por mar, rios e rodovias cerca de 18 mil quilômetros entre os portos chineses de Taicang e Shangai até o destino final, mobilizando uma grande quantidade de pessoas. Os fornos são fundamentais para o avanço e conclusão das obras do projeto, que está em construção no município sul-paraense.
Considerando-se que a distância total para dar a volta ao mundo é calculada em 57 mil quilômetros, significa que os equipamentos percorreram – literalmente – quase meia volta ao mundo para chegar ao destino.
Terra, mar, rios e terra
Após percorrer os mares para chegar à entrada da Amazônia, no norte da América do Sul, o desembarque se deu no Porto de Outeiro, próximo a Belém. De lá, as peças foram transportadas por balsas até Araguatins (TO) passando pela eclusa de Tucuruí, no Pará. Passando para o trânsito rodoviário, passou por estradas municipais, federais e pela PA-287, que dá acesso a Conceição do Araguaia. Já no município, foram percorridas rodovias municipais e a PA-449 para chegar à área do Projeto Araguaia.
O transporte se deu em caminhões especiais de linhas de eixo, adequados para suportar cargas de grandes dimensões. A ação mobilizou, além da Polícia Rodoviária Federal (PRF), a Polícia Rodoviária Estadual (PRE), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), o Departamento Estadual de Trânsito (DETRAN) e equipes de apoio para intervenções na rede elétrica e telefônica ao longo do percurso.
As rotas utilizadas foram rigorosamente planejadas dadas às dimensões da carga. Já em Conceição do Araguaia, a movimentação foi realizada em horários de menor fluxo de veículos e de pessoas para evitar alterações no tráfego local. (Por Val-André Mutran – de Brasília – zedudu.com.br)