Vacinas contra a dengue começaram a ser distribuídas no Pará. Ao todo, o estado recebeu 54 mil doses, que serão destinadas a 18 municípios selecionados pelo Ministério da Saúde.
Os primeiros a serem imunizados serão crianças de 10 a 14 anos. O Ministério da Saúde definiu esse público como prioritário na vacinação por ser o que concentra o maior número de internações pela doença.
A Região de Saúde Metropolitana I vai receber 33.411 doses, destas, Belém, receberá 21.127 doses. Outras 20.580 serão destinadas a Carajás.
As vacinas estão sendo enviadas por meio da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), aos Centros Regionais de Saúde (CRS) e, posteriormente, distribuídas aos municípios, e já estão disponíveis para os municípios da Região Metropolitana I buscarem na Central Estadual de Imunobiológicos (CEI).
Grupo prioritário
Conforme as orientações do Ministério da Saúde, a imunização começará com crianças de 10 a 14 anos, conforme acordado entre os conselhos representantes dos secretários de saúde estaduais e municipais, seguindo a recomendação da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI) e da Organização Mundial da Saúde (OMS).
A decisão de iniciar a vacinação por essa faixa etária é estratégica, permitindo que mais municípios recebam as doses inicialmente, devido ao quantitativo limitado de vacinas fornecidas pelo fabricante.
A vacina contra a dengue será administrada em duas doses, com um intervalo de três meses entre elas. O Ministério da Saúde recomenda uma cobertura vacinal de 90% para as duas doses.
Quem pode se vacinar?
De acordo com a Anvisa, a Qdenga é indicada para pessoas de 4 a 60 anos. Não foram feitos estudos para avaliar a eficácia da vacina em pessoas com mais de 60 anos.
Além disso, podem se vacinar com a Qdenga tanto quem já teve dengue, quanto quem nunca foi infectado. Essa é a primeira vacina liberada no país para pessoas que nunca entraram em contato com o vírus da dengue.
Mas não pode ser imunizado com a vacina quem tem as seguintes condições:
Alergia a algum dos componentes
Sistema imunológico comprometido
Imunossuprimidos
Gestantes e lactantes
(Texto: Bianca Botelho – Ascom Sespa/Foto: Agência Pará/Alex Ribeiro)