Decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) aponta a possível participação de Wanderlei Barbosa e de outros investigados a operação Fames-19. Polícia Federal cumpriu 42 mandados de busca e apreensão em endereço dos alvos.
O governador Wanderlei Barbosa (Republicanos) tinha conhecimento e deu andamento nas irregularidades envolvendo a compra de cestas básicas após assumir o governo do Tocantins, segundo decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que autorizou operação da Polícia Federal. Isso porque, ‘politicamente’, ele seria o ‘responsável’ pela Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social (Setas) – que executou os contratos.
A Polícia Federal cumpriu 42 mandados de busca e apreensão durante a operação Fames-19, realizada na quarta-feira (21). Entre os alvos estiveram o governador Wanderlei Barbosa, dois filhos dele e a primeira-dama do estado.
“[…] foram reunidos fartos indícios de que Wanderlei Barbosa Castro, desde quando ocupava o cargo de vice-governador do estado do Tocantins, detinha pleno conhecimento e, após o afastamento do ex-governador Mauro Carlesse, deu continuidade a um esquema sistemático de desvio de recursos públicos por meio da contratação de empresas de fachada para o fornecimento de cestas básicas de existência meramente formal, durante a fase aguda da pandemia de COVID-19”, diz trecho do documento.
(Por Patricia Lauris, g1 Tocantins e TV Anhanguera. Foto: Divulgação/Governo do Tocantins)